Ilustríssima Conversa

  • 26/04/2025 6:00

    Juliano Spyer: O que explica o crescimento evangélico no Brasil

    Folha de S.Paulo

    Muito se falou sobre os evangélicos nos últimos anos —talvez, com ainda mais força, desde o governo Bolsonaro, quando bispos e pastores viraram personagens onipresentes da cobertura política.

    No entanto, para Juliano Spyer, antropólogo e colunista da Folha, persiste um desconhecimento sobre o mundo dos crentes ou um preconceito deliberado, que associa à fé evangélica à manipulação de pessoas desesperadas e minimiza a importância do segmento na definição dos rumos do Brasil.

    Neste episódio, Spyer apresenta uma espécie de guia para entender o fenômeno evangélico no Brasil, o mesmo espírito do livro "Crentes: Pequeno Manual sobre um Grande Fenômeno", publicado em coautoria com Guilherme Damasceno e Raphael Khalil.

    Na entrevista, o pesquisador diz que o segmento é muito heterogêneo —e precisa ser visto a partir da sua multiplicidade— e aponta as raízes do forte crescimento das igrejas evangélicas no Brasil nas últimas décadas.

    Spyer também discute a LGBTfobia e o machismo nas igrejas e fala sobre a dificuldade da esquerda em dialogar com o público evangélico.

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  • 12/04/2025 6:00

    Arlene Clemesha: Judaísmo vive crise de consciência com genocídio em Gaza

    Folha de S.Paulo

    Arlene Clemesha, professora de história árabe da USP, é uma das mais conhecidas vozes críticas à ofensiva militar de Israel em Gaza e, de forma mais geral, ao sionismo, a ideologia política de defesa do Estado judeu no Oriente Médio.

    Em "Marxismo e Judaísmo: História de uma Relação Difícil", o foco da sua análise, no entanto, é outro: a historiadora se volta a como movimentos marxistas e socialistas lidaram com a questão judaica até as vésperas da Primeira Guerra Mundial, período em que o antissemitismo tinha feições diferentes e o sionismo, menos força.

    Na entrevista, Clemesha fala sobre as transformações do antissemitismo nos séculos 19 e 20 e defende que a necessária condenação desse tipo de preconceito não deve ser usada para silenciar críticos de Israel.

    A pesquisadora diz considerar que o país está cometendo um genocídio de palestinos na Faixa de Gaza e explica por que pensa que a solução de um só Estado, que una israelenses e palestinos, pode até ser o caminho mais simples para a paz na região —lembrando que, hoje, qualquer proposta parece completamente irrealizável.

    Israel nega as acusações de genocídio contra palestinos. Em defesa na Corte Internacional de Justiça, o país declarou que uma guerra trágica está em curso na Faixa de Gaza, não um genocídio, e que acusar Israel desse crime é uma leitura distorcida do direito internacional.

     

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